Medidas Protetivas e Medidas Cautelares - Direito de Família e Sucessões - Vara de Família Dra. Talissa Caldonazo, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões

Medidas Protetivas e Medidas Cautelares: Entenda as Diferenças

No âmbito do Direito de Família, especialmente em casos de divórcio, brigas de casal ou violência doméstica, Medidas Protetivas e Medidas Cautelares surgem como instrumentos jurídicos que visam garantir a segurança e o bem-estar das vítimas.

Neste artigo desvendaremos as principais diferenças entre Medidas Protetivas e Medidas Cautelares, seus tipos, aplicações e como um advogado especialista pode te auxiliar na defesa dos seus direitos.

1. O que são Medidas Protetivas?

As Medidas Protetivas foram criadas pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e visam proteger mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, incluindo relações homoafetivas. Elas podem ser decretadas em diversas situações, como:

  • Agressão física: Empurrões, socos, chutes, mordidas, lesões corporais em geral.
  • Agressão verbal: Ameaças, insultos, xingamentos, humilhações.
  • Agressão psicológica: Coerção, chantagem, perseguição, controle excessivo.
  • Violência sexual: Estupro, abuso sexual, assédio sexual.
  • Violência patrimonial: Dano à propriedade da vítima, destruição de bens, retenção de bens pessoais.
  • Violência moral: Difamação, calúnia, injúria, constrangimento.

A vítima pode solicitar a Medida Protetiva na Vara de Família ou na Delegacia de Polícia. A medida é gratuita e pode ser decretada de forma liminar, ou seja, sem a necessidade de audiência com o agressor, em casos de urgência e risco à vida da vítima.

Exemplos de Medidas Protetivas:

  • Afastamento do lar e do local de trabalho do agressor: O agressor é obrigado a se afastar da vítima e de locais que ela frequenta, como sua casa, trabalho, escola ou qualquer outro lugar que possa colocar a vítima em risco.
  • Suspensão da visitação dos filhos: O agressor pode ter sua visitação aos filhos suspensa ou limitada, a depender da gravidade da violência e do risco à segurança das crianças.
  • Proibição de contato: O agressor é proibido de manter contato com a vítima por qualquer meio, como telefone, celular, e-mail, redes sociais ou pessoalmente.
  • Uso de tornozeleira eletrônica: Em casos mais graves, o agressor pode ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica para monitorar seu paradeiro e garantir o cumprimento da Medida Protetiva.

2. O que são Medidas Cautelares?

As Medidas Cautelares, por sua vez, são instrumentos previstos no Código de Processo Civil (CPC) e podem ser aplicadas em diversos tipos de processos, inclusive na área de Direito de Família. Seu objetivo é assegurar o andamento do processo e evitar que uma das partes cause prejuízos à outra até a resolução final do caso.

Exemplos de Medidas Cautelares:

  • Arresto de bens: Bens do réu podem ser bloqueados para garantir o pagamento de eventual dívida ou pensão alimentícia.
  • Sequestro de bens: Bens do réu podem ser apreendidos e entregues à guarda da Justiça até o final do processo.
  • Tutela de urgência: Uma medida urgente pode ser decretada para evitar um dano irreparável, como a venda de um imóvel em litígio.

As Medidas Cautelares são decretadas pelo juiz a pedido de uma das partes, após a análise dos requisitos legais. É importante ressaltar que, ao contrário das Medidas Protetivas, as Medidas Cautelares não possuem caráter protetivo, mas sim cautelar, ou seja, visam garantir o andamento do processo e evitar a frustração de um direito.

3. Qual a diferença entre Medidas Protetivas e Medidas Cautelares?

A principal diferença entre Medidas Protetivas e Medidas Cautelares reside em seus objetivos e na forma de aplicação:

CaracterísticaMedidas ProtetivasMedidas Cautelares
AplicabilidadeLei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006)Código de Processo Civil (CPC)
Quem pode solicitarVítima de violência doméstica e familiarUma das partes do processo
DecretaçãoJuiz da Vara de Família ou autoridade policialJuiz do processo, mediante pedido de uma das partes
UrgênciaPodem ser decretadas liminarmente, sem audiência préviaDependem de análise do juiz e requisitos legais
CaráterProtetivoCautelar

Ou seja, as Medidas Protetivas tem como objetivo proteger a vítima de violência doméstica e a sua integridade, garantindo os direitos humanos básicos. Já as Medidas Cautelares fazem parte do processo e têm o objetivo de auxiliar na apuração.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2012-dez-20/fausto-lima-lei-medidas-cautelares-mudou-aplicacao-maria-penha/#:~:text=Como%20vimos%2C%20a%20finalidade%20das,os%20direitos%20humanos%20mais%20básicos.

4. Fui acusado falsamente e estou com Medida Protetiva contra mim. O que fazer?

Vítima de Injustiça? Descubra como se Defender de Medidas Protetivas

A falsa acusação de violência doméstica é uma situação complexa e delicada. Se você foi acusado falsamente e enfrenta uma Medida Protetiva restritiva de seus direitos, é fundamental buscar orientação jurídica especializada o mais rápido possível.

Como advogada especialista em Direito de Família e Sucessões em Campinas, possuo ampla experiência na defesa de pessoas acusadas injustamente. Um advogado especialista poderá te auxiliar nas seguintes situações:

  • Reunião de provas: Buscar evidências que demonstrem a falsidade da acusação, como depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança, laudos médicos que comprovem a ausência de lesões, extratos bancários que refutem alegações de violência patrimonial, e-mails ou mensagens que contestem a narrativa do acusador.
  • Busca pela revogação da Medida Protetiva: Trabalhar para a revogação da Medida Protetiva o mais rápido possível, minimizando os danos causados pela falsa acusação.
  • Investigação da motivação da falsa acusação: Compreender a motivação por trás da acusação é crucial para elaborar uma estratégia de defesa sólida e expor a má-fé do acusador.
  • Ação penal por denuncia caluniosa: Comprovada a falsidade da acusação, poderá ingressar com uma ação penal por denuncia caluniosa contra o autor da acusação falsa. Esse crime prevê pena de reclusão de 2 a 8 anos,servindo como reparação moral e punição pelo ato ilícito.

5. A Importância da Defesa Especializada em Medidas Protetivas

Enfrentar uma falsa acusação de violência doméstica e uma Medida Protetiva restritiva de direitos é uma experiência traumática e complexa. Contar com o apoio de uma advogada experiente em Direito de Família, familiarizada com a Lei Maria da Penha e os trâmites legais relacionados à violência doméstica, é fundamental para garantir a sua defesa e a restauração da sua integridade moral e familiar.

Em meu escritório em Campinas, lido diariamente com casos de falsas acusações e Medidas Protetivas. Com profundo conhecimento da legislação e ampla experiência na área, ofereço aos meus clientes uma defesa técnica e humanizada, buscando a justiça e a preservação dos seus direitos.

Eu acolho e represento a sua dor. Afinal, você tem o poder de fala !
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