Meu filho não quer ver a mãe dele. O que devo fazer Neste artigo um advogada em Campinas aborda um tema muito recorrente sobre convívio familiar no Direito de Família, envolvendo a visitação dos pais ao filho - Dra. Talissa Caldonazo Advogada especialista em Direito de Família e Sucessões em Campinas/SP

Meu filho não quer ver a(o) mãe/pai dele, o que faço?

E se meu filho não quiser ver a(o) mãe(pai) dele?

No Direito de Família, poucas questões são tão delicadas quanto as que envolvem a convivência entre pais e filhos. Quando uma criança manifesta resistência ou recusa em conviver com um dos pais, especialmente após um divórcio ou separação, as dúvidas e os conflitos podem se intensificar. Esse tema exige um olhar humanizado, técnico e amparado pela legislação para encontrar soluções que priorizem o melhor interesse da criança.

Neste artigo, vamos explorar as perguntas mais frequentes sobre o tema e como o Direito de Família pode orientar pais e mães nessa jornada.

Por que meu filho não quer conviver com a mãe ou o pai?

Essa é uma dúvida comum e complexa. A resistência pode ter várias causas:

  • Traumas emocionais: Experiências negativas, como discussões familiares ou separações turbulentas, podem impactar a relação entre pais e filhos.
  • Alienação parental: Quando um dos pais interfere na relação da criança com o outro, isso pode gerar desconfiança ou recusa no convívio.
  • Conflitos familiares: A exposição a brigas ou disputas jurídicas pode afetar a segurança emocional da criança.
  • Mudanças na dinâmica familiar: Novos relacionamentos, mudança de casa ou até o nascimento de irmãos podem gerar insegurança.

O primeiro passo é identificar a causa e buscar orientação profissional para lidar com o problema da melhor forma.

Quais são os direitos e deveres dos pais no convívio familiar?

A convivência familiar é protegida pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esses direitos não são apenas dos pais, mas também das crianças, que têm o direito ao contato com ambos.

Porém, o direito ao convívio não é absoluto. O melhor interesse da criança sempre prevalece, e, em casos excepcionais, pode ser necessário limitar ou supervisionar as visitas se isso for essencial para o bem-estar do menor.

Como o Direito de Família trata esses casos?

O Direito de Família estabelece que o convívio deve ser equilibrado e saudável. Quando um filho recusa a convivência com um dos pais, a análise judicial pode considerar:

  • Avaliação psicológica: Peritos e assistentes sociais podem ser designados para entender o contexto e propor soluções.
  • Mediação familiar: Promover o diálogo entre as partes pode ajudar a reduzir os conflitos e reconstruir os laços.
  • Alteração na regulamentação de visitas: O juiz pode determinar ajustes para respeitar o tempo e as condições emocionais da criança.

Posso obrigar meu filho a ver a mãe ou o pai?

A imposição de visitas forçadas raramente é eficaz e pode até piorar a situação. O objetivo deve ser criar um ambiente seguro onde a criança se sinta à vontade para conviver com ambos os pais.

Nos casos em que o convívio é prejudicado, a solução geralmente passa por:

  1. Apoio psicológico: Acompanhamento por profissionais especializados para ajudar a criança a processar seus sentimentos.
  2. Intervenção judicial: Quando necessário, o juiz pode determinar medidas como convivência assistida.
  3. Diálogo e paciência: Reconstruir a relação leva tempo e exige esforço conjunto de todos os envolvidos.

E se a mãe ou o pai for o problema?

Em algumas situações, a recusa da criança pode ser justificada por comportamentos inadequados, como abuso emocional, físico ou negligência por parte de um dos pais. Nesse caso, o Direito de Família prevê medidas de proteção, incluindo:

  • Suspensão do convívio: Caso seja comprovado que a convivência coloca a criança em risco.
  • Medidas protetivas: Garantir que o menor seja protegido em casos de violência ou negligência.
  • Estabelecimento de condições para retomada do contato: Como participação em terapia ou cursos de reeducação parental.

Como evitar que a situação se agrave?

  • Evite expor a criança a conflitos. Conversas sobre o outro genitor ou problemas familiares não devem ser realizadas na presença do menor.
  • Busque ajuda especializada. Psicólogos e advogados especializados em Direito de Família podem ser fundamentais para mediar o conflito.
  • Priorize o diálogo. Mesmo em meio a divergências, é essencial manter uma comunicação saudável entre os pais.

Assessoria Jurídica especializada em Direito de Família

Um advogado experiente em Direito de Família pode oferecer o suporte necessário para lidar com questões sensíveis como essa. Lembre-se de que cada situação é única e exige uma análise detalhada para encontrar soluções personalizadas. O compromisso do advogado em campinas, ou na sua região, é orientar você de forma ética, técnica e empática, sempre com foco no melhor interesse da sua família.

Meu filho não quer ver a mãe/pai dele, devo proibir meu filho de ver o pai/mãe?

A resistência de uma criança em conviver com um dos pais é um tema que demanda atenção, cuidado e o apoio de profissionais qualificados. No Direito de Família, o bem-estar do menor é sempre a prioridade, e as soluções passam por análise técnica e intervenções cuidadosas.

Se você está enfrentando essa situação ou deseja saber mais sobre como agir, entre em contato com um escritório especialista em Direito de Família na sua região.

Eu acolho e represento a sua dor. Afinal, você tem o poder de fala!
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